3.000 meteoros caem no Brasil por ano! Veja os estados com mais avistamentos
3.000 meteoros caem no Brasil por ano! Veja os estados com mais avistamentos. Os céus do Brasil são palco frequente de fenômenos luminosos que encantam, assustam e viralizam. O mais recente deles aconteceu no dia 14 de maio de 2025, quando uma bola de fogo iluminou o céu de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. A dúvida ainda persiste: teria sido um meteoro ou lixo espacial? Para entender a frequência com que eventos assim ocorrem em nosso país, reunimos dados atualizados e confiáveis da BRAMON (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros) e instituições internacionais.
Leia o artigo central: Meteoro ou Lixo Espacial? O que foi a bola de fogo que cruzou o céu do Brasil em 14 de maio de 2025?
💥 Quer entender o evento que reacendeu o interesse por meteoros no Brasil?
Em 14 de maio de 2025, uma bola de fogo cruzou os céus de MG, SP e RJ e levantou a dúvida: foi meteoro ou lixo espacial?
👉 Leia agora o artigo completo sobre o fenômeno de 14 de maio de 2025
🌌 Quantos meteoros caem no Brasil por ano?
De acordo com estimativas da BRAMON, o Brasil presencia em média:
- entre 1.500 e 3.000 meteoros visíveis por ano, dependendo das condições atmosféricas e da poluição luminosa.
- Destes, aproximadamente 10 a 30 eventos por ano são classificados como bólidos, ou seja, meteoros extremamente brilhantes que geram clarões no céu e são amplamente observados.
O que surpreende é que muitos desses meteoros não são detectados por radares oficiais, mas sim por câmeras de segurança, testemunhas oculares e redes de observadores amadores.
“Quer se aprofundar mais no céu noturno?”
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🌍 Estados com mais registros de meteoros no Brasil
A seguir, veja o ranking dos estados brasileiros com mais registros oficiais e não oficiais de meteoros entre 2017 e 2024, com base nos dados da BRAMON:
Estado | Número médio de registros anuais | Destaques recentes |
Minas Gerais | 320 | Bólido de 14/05/2025 |
São Paulo | 300 | Diversos registros na capital e interior |
Rio Grande do Sul | 270 | Alto número de registros rurais |
Bahia | 220 | Meteorito de Monte Santo (2022) |
Paraná | 210 | Bólidos visíveis em Londrina e Maringá |
Pernambuco | 180 | Céus claros favorecem observação |
Ceará | 170 | Nordeste tem menos poluição luminosa |
Esses números refletem tanto a ocorrência real quanto o grau de cobertura por câmeras e observadores locais. Ou seja, estados com mais cobertura urbana e redes BRAMON têm mais registros.
🌐 Por que alguns estados têm mais avistamentos?
Fatores que influenciam:
- Céus limpos e baixa poluição luminosa
- Maior número de estações de monitoramento (BRAMON e instituições parceiras)
- Áreas de campo e interior, com horizonte amplo
- Presença de comunidades astronômicas e entusiastas
- Clima seco e menos nuvens em certas regiões (ex: cerrado e sertão)
A distribuição dos avistamentos de meteoros pelo Brasil não é uniforme, e isso tem explicações claras baseadas em fatores ambientais, geográficos e estruturais. Um dos principais motivos é a poluição luminosa, especialmente intensa nos grandes centros urbanos. Em estados onde predominam cidades menores, áreas rurais e pouca urbanização, como partes de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Piauí e Bahia, a visibilidade do céu noturno é significativamente maior. Locais com céus limpos e ausência de luz artificial intensa permitem que mesmo meteoros de baixa magnitude sejam observados a olho nu, sem a interferência de clarões urbanos, neblina luminosa ou edifícios altos no horizonte.
Outro fator determinante é a existência de estações de monitoramento, como as mantidas pela BRAMON (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), que conta com câmeras automatizadas instaladas em pontos estratégicos do país. Regiões com maior número de câmeras e parcerias com escolas, universidades e institutos de pesquisa acabam tendo mais registros, o que naturalmente reflete em uma maior contabilização de avistamentos. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por exemplo, possuem forte presença dessas parcerias técnico-científicas. Nessas localidades, além da observação visual feita por entusiastas, há também a captura automatizada 24h por dia, gerando dados que alimentam bases públicas e científicas.
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Além disso, características geográficas e climáticas específicas tornam certas regiões mais favoráveis à observação. Locais com horizonte amplo, como planaltos, cerrados e áreas de sertão, possibilitam visão panorâmica do céu, sem grandes obstáculos naturais ou urbanos. O clima seco, típico de regiões como o Centro-Oeste e parte do Nordeste, reduz significativamente a presença de nuvens e umidade no ar — o que contribui para noites mais estáveis e transparentes. A existência de comunidades astronômicas ativas também influencia: quanto maior o número de observadores, maior a chance de captar e relatar fenômenos. A cultura local de observação do céu, promovida por clubes de astronomia, escolas e eventos públicos, estimula a vigilância constante do firmamento, ampliando a quantidade e a qualidade dos registros de meteoros em determinadas regiões do Brasil.
📹 O poder das redes sociais e das câmeras amadoras
Boa parte dos registros de meteoros nos últimos anos vieram de:
- Câmeras de segurança residenciais
- Vídeos de motoristas (dashcams)
- Filmagens feitas por celulares
- Publicações no TikTok, Instagram e Kwai
Em eventos como o meteoro de MG em 2025, mais de 40 vídeos foram publicados em menos de 12 horas. Esse comportamento viraliza o assunto, aumenta a conscientização e melhora a cobertura científica.
🔠 Como ajudar a mapear meteoros no Brasil
A BRAMON aceita colaboração de voluntários e observadores amadores. Para participar:
- Registre o fenômeno com o máximo de detalhes
- Informe data, horário, direção do avistamento, local exato e condições do tempo
- Envie para https://bramonmeteor.org
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